terça-feira, 2 de dezembro de 2014



As Metas de aprendizagem TIC (2010)  como um instrumento de apoio ao desenvolvimento de competências digitais e transversais dos alunos para uma aprendizagem ao longo da vida.

No contexto educativo atual, em que a informação e as novas tecnologias ocupam o lugar de destaque, ensinar é um enorme desafio.
Cada vez mais, a utilização dos recursos da Web é prática recorrente, tornando-se imprescindível “saber pesquisar, saber avaliar a informação encontrada e saber referir as fontes corretamente” (Carvalho, 2007).
A escola enquanto principal agente do processo educativo deve ser um espaço vivo, de partilha de saberes e de aprendizagens, constituindo-se a articulação entre educação formal, não formal e informal necessária de modo a que a metodologia do ensino tradicional seja enriquecida e melhorada para conseguir acompanhar os novos tempos. Neste sentido, a BE, enquanto instrumento fundamental na transmissão do conhecimento e da cultura e na articulação dos diversos saberes, surge como protagonista na promoção e desenvolvimento das diferentes literacias emergentes. A BE, suporte essencial do novo paradigma educacional, deve promover atividades que permitam aos alunos a sua formação enquanto cidadãos conscientes, ativos, interventivos e com as competências necessárias para integrarem a sociedade do conhecimento.
      O projeto “METAS DE APRENDIZAGEM” surge como documento orientador, principalmente para os docentes, sobre estratégias de ensino e de avaliação dos resultados da aprendizagem, «tomando precisamente como referência a explicitação das competências que os alunos devem evidenciar no final de cada um dos níveis ou ciclos de escolaridade» (Costa). 
        Podemos afirmar, então, que o trabalho dos professores, no geral, e do professor bibliotecário, em particular, fica simplificado, na medida em são elencadas diversas propostas de atividades, especificando-se os objetivos e os resultados esperados, para os diferentes níveis de ensino.
            «Mais do que um currículo autónomo, a ideia nuclear é a de que estas metas constituam o referencial a considerar por cada professor na sua área específica, numa ótica de desenvolvimento global do aluno, permitindo-lhe compreender em que matérias, para que fins e como será adequado e pertinente mobilizar as TIC.» (As Metas de Aprendizagem TIC)
As metas estão organizadas em articulação com as quatro áreas de competência em TIC: informação; comunicação; produção e segurança, que têm continuidade de uns ciclos para outros «de forma a garantir que o trabalho da criança progrida tanto ao nível de situações e oportunidades de aprendizagem como de estratégias e processos cognitivos e metacognitivos». (Idem)
        O referencial Aprender com a biblioteca escolar, na secção Estratégias de operacionalização, propõe, de entre um amplo leque de hipóteses de abordagem, uma série de estratégias e atividades, como exemplo, para serem desenvolvidas em articulação curricular, quer no contexto de BE, quer no âmbito de projetos e parcerias, para o desenvolvimento das competências e integração dos conhecimentos na área das tecnologias, ferramentas e ambientes que permitem o acesso, tratamento e comunicação da informação.(Aprender com a biblioteca escolar)
        Assim, no contexto educativo atual, a articulação entre os documentos - referencial Aprender com a biblioteca escolar e As Metas de Aprendizagem TIC - é indispensável para que a BE consiga cumprir a sua função: ajudar a formar cidadãos conscientes, ativos, interventivos e com as competências necessárias para integrarem a sociedade do conhecimento. 

 

Referências

Carvalho, A. A. (Maio/Agosto de 2007). Rentabilizar a Internet no Ensino Básico e Secundário: dos Recursos e Ferramentas Online aos LMS. Sísifo/ Revista de Ciências da Educação, pp. 25-36.

Costa, Fernando et al. (2010). Metas de Aprendizagem na área das TIC. in DGIDC-ME (2010). Metas de Aprendizagem. Lisboa: DGIDC/ME.

Costa et al (2010). I Encontro Internacional TIC e Educação. Inovação Curricular com TIC. Lisboa. Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. (931-936).

PORTUGAL. Ministério da Educação e Ciência. Gabinete da Rede Bibliotecas Escolares: Aprender com a biblioteca escolar. Lisboa: RBE (2012)


sábado, 1 de novembro de 2014


"O Glogster EDU apresenta-se como uma plataforma de gestão de informação de um modo seguro e apelativo – poster multimédia. A possibilidade de inserir música (YouTube), fotografias e vídeos (Vimeo, Flickr, Picasa) faz desta ferramenta a preferida de imensos utilizadores. As potencialidades criativas, atrativas e originais deste formato gratuito permitem a construção de cartazes digitais de uma forma intuitiva e personalizada. Adicionar efeitos e animações ou mesmo redimensionar ou movimentar os elementos gráficos possibilitam a construção criativa de um veículo de comunicação do agrado de todos e de incorporação imediata no Facebook, Twitter, Google ou Tumblr."
in http://biblioaprendizagem.wordpress.com/2012/12/08/potencialidades-do-glogster/
http://www.slideshare.net/MVMB/projeto-de-leitura-40997893
Este PowerPoint foi elaborado para apresentar um projeto interdisciplinar, de promoção da leitura, envolvendo a BE, a disciplina de Oficina de Teatro e a disciplina de Expressão Plástica.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Os desafios da BE no contexto da web 2.0

É inegável a importância e a influência que os meios de comunicação e de informação assumem na sociedade moderna. Neste momento, seria impensável vivermos sem computador ou sem telemóvel, por exemplo.

Somos constantemente bombardeados com novas ferramentas web, com novas tecnologias, com novas descobertas… e o que hoje é considerado a última “moda” tecnológica, amanhã já está desatualizado. Neste sentido, surge a necessidade de qualquer profissional da educação estar constantemente atualizado e em aprendizagem permanente para conseguir dar resposta ao grande desafio que é ensinar nesta sociedade dominada pelo conhecimento e pela tecnologia.

A principal mudança, da última década, terá sido, provavelmente, o facto de todos nós, utilizadores, podermos, sem precisarmos de grandes conhecimentos informáticos, passar a produzir os nossos próprios documentos e a publicá-los. A essa mudança do consumidor para produtor é que se designa por Web 2.0. (Costa, et al., 2009).

De acordo com Furtado (2009), essa mudança acabou por afetar o tradicional modelo de biblioteca, surgindo a Biblioteca 2.0, que representa uma mudança na relação na relação usuário, informação e biblioteca. O que há de inovador neste conceito de biblioteca? O papel ativo do utilizador, i.e., a Biblioteca 2.0 permite que todos tenham um papel ativo na elaboração dos conteúdos a que todos têm acesso (Furtado, 2009).

Neste contexto, qual o papel da BE e do professor bibliotecário? Num contexto em que o processo de aprendizagem resulta mais da cooperação, da partilha, do que da transmissão de conhecimentos; em que o professor deixa de ser o detentor do saber, para ser o mediador do saber, novas responsabilidades são exigidas à escola e às bibliotecas escolares. O professor bibliotecário deve colaborar com os professores no processo ensino/aprendizagem, já que cabe à BE ser o portal de ligação da escola com o mundo permeado de tecnologia (Brougère, citado por Furtado, 2009).

Diversos são os argumentos utilizados para mostrar a relevância e a necessidade do uso das ferramentas da web 2.0 como auxiliar dos serviços da BE  (Furtado, 2009), sendo que, talvez, o mais significativo se prenda com o facto de lidarmos com crianças e jovens “nativos digitais” e, como tal, habituados a utilizar diariamente a Internet e as redes sociais.

Assim, este novo desafio deve ser encarado pela BE e pelo professor bibliotecário como uma oportunidade de evoluir, de inovar, de modo a conseguir dar resposta às necessidades das crianças e jovens.

Para concluir, considero que será imprescindível que a BE integre na sua dinâmica as novas ferramentas da web 2.0 e que o professor bibliotecário aposte na formação contínua adequada, de modo a responder às exigências desta sociedade e aos novos desafios, já que a BE passa a ser um centro de ensino e não um mero depósito de livros, a BE é uma estrutura transversal à escola e ao currículo (Furtado, 2009).

Referências

Costa, J., Ferreira, J. C., Domingues, L., Tavares, T., Diegues, V., & Coutinho, C. (2009). Actas do X Congresso Internacional Galego-Português de Psicopedagogia. . CONHECER E UTILIZAR A WEB 2.0: UM ESTUDO COM PROFESSORES DO 2º, 3º . Braga: Universidade do Minho. pp. 43-44.

Furtado, C. C. (Julho/Dezembro de 2009). Bibliotecas Escolares e web 2.0: revisão da literatura sobre Brasil e Portugal. pp. 135-150.