É
inegável a importância e a influência que os meios de comunicação e de
informação assumem na sociedade moderna. Neste momento, seria impensável vivermos
sem computador ou sem telemóvel, por exemplo.
Somos
constantemente bombardeados com novas ferramentas web, com novas tecnologias,
com novas descobertas… e o que hoje é considerado a última “moda” tecnológica,
amanhã já está desatualizado. Neste sentido, surge a necessidade de qualquer
profissional da educação estar constantemente atualizado e em aprendizagem permanente
para conseguir dar resposta ao grande desafio que é ensinar nesta sociedade
dominada pelo conhecimento e pela tecnologia.
A principal
mudança, da última década, terá sido, provavelmente, o facto de todos nós,
utilizadores, podermos, sem precisarmos de grandes conhecimentos informáticos, passar
a produzir os nossos próprios documentos e a publicá-los. A essa mudança do consumidor para produtor é que se designa por Web
2.0. (Costa, et al., 2009).
De
acordo com Furtado (2009), essa mudança acabou por afetar o tradicional modelo
de biblioteca, surgindo a Biblioteca 2.0, que
representa uma mudança na relação na relação usuário, informação e biblioteca.
O que há de inovador neste conceito de biblioteca? O papel ativo do utilizador,
i.e., a Biblioteca 2.0 permite que todos tenham um papel ativo na elaboração
dos conteúdos a que todos têm acesso (Furtado,
2009).
Neste
contexto, qual o papel da BE e do professor bibliotecário? Num contexto em que
o processo de aprendizagem resulta mais da cooperação, da partilha, do que da transmissão
de conhecimentos; em que o professor deixa de ser o detentor do saber, para ser
o mediador do saber, novas responsabilidades são exigidas à escola e às
bibliotecas escolares. O professor bibliotecário deve colaborar com os
professores no processo ensino/aprendizagem, já que cabe à BE ser o portal de ligação da escola com o
mundo permeado de tecnologia (Brougère, citado por Furtado, 2009).
Diversos são os argumentos utilizados para mostrar a
relevância e a necessidade do uso das ferramentas da web 2.0 como auxiliar dos
serviços da BE (Furtado, 2009), sendo
que, talvez, o mais significativo se prenda com o facto de lidarmos com
crianças e jovens “nativos digitais” e, como tal, habituados a utilizar
diariamente a Internet e as redes sociais.
Assim,
este novo desafio deve ser encarado pela BE e pelo professor bibliotecário como uma
oportunidade de evoluir, de inovar, de modo a conseguir dar resposta às necessidades
das crianças e jovens.
Para concluir, considero que será imprescindível que a BE
integre na sua dinâmica as novas ferramentas da web 2.0 e que o professor
bibliotecário aposte na formação contínua adequada, de modo a responder às
exigências desta sociedade e aos novos desafios, já que a BE passa a ser um
centro de ensino e não um mero depósito de livros, a BE é uma estrutura
transversal à escola e ao currículo (Furtado, 2009).
Referências
Costa, J., Ferreira, J. C., Domingues, L., Tavares,
T., Diegues, V., & Coutinho, C. (2009). Actas do X Congresso Internacional
Galego-Português de Psicopedagogia. . CONHECER E UTILIZAR A WEB 2.0: UM
ESTUDO COM PROFESSORES DO 2º, 3º . Braga: Universidade do Minho. pp. 43-44.
Furtado, C. C. (Julho/Dezembro de 2009). Bibliotecas
Escolares e web 2.0: revisão da literatura sobre Brasil e Portugal. pp.
135-150.
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